Chegou 2019 e, como sempre, traçamos diversas resoluções de Ano Novo.
No quesito saúde, uma das metas mais desejadas todos os anos é a adoção da
prática sistemática de atividade física.
Na verdade, esta deve ser uma meta contínua. A atividade
física regular é um dos pilares do tratamento do diabetes, especialmente do
diabetes tipo 2. Já falei aqui algumas vezes sobre os benefícios do exercício
para o diabetes (você pode conferir nos links ao final deste post).
Mas nem acho que o problema principal da epidemia de
sedentarismo no planeta seja a falta de informação. Todo mundo, em algum grau,
sabe que a atividade física faz bem para a saúde.
O problema mesmo está em aderir ao exercício, tornar a
atividade física um hábito, um comportamento saudável. Por isso, aqui vão
algumas dicas e recomendações.
1.
Encontre uma atividade que lhe traga prazer (nem
que seja só um pouquinho....). Se você gostar da atividade que praticar, mais
facilmente vai aderir e fazer dela um hábito. Fácil? Lógico que não. A primeira
dificuldade é saber de fato do que você gosta. O melhor jeito de descobrir é experimentar.
Claro que nem todos têm disponibilidade e/ou recursos à disposição para, por
exemplo, ver nascer uma paixão pela prática de badmington. Mas dá para explorar
as opções disponíveis. Academias, parques, clubes, UBSs, todos costumam oferecer
alternativas de modalidades/atividades a serem praticadas. Ok, você é do tipo
que não gosta de nada nem está muito a fim de fazer experimentos? Segura a onda
e continue lendo....
2. Encontre uma companhia agradável. Pode ser um
amigo, namorado, companheiro, seu cachorro, o cachorro do vizinho. O importante
é que esse outro seja uma fonte de motivação e comprometimento.
3. Qualquer que seja a modalidade ou companhia
escolhida, comece devagar. Não adianta querer de cara fazer mais de uma hora de
atividade (que seria o recomendado para perda de peso) se seu organismo não
está preparado para isso. Nem mesmo os 30 minutos preconizados pela OMS (Organização
Mundial da Saúde) valem para quem está absolutamente sedentário. Se você “partir
para as cabeças”, vai ficar quebrado, não vai ter ânimo de retomar a atividade
tão cedo e ainda corre o risco de se machucar. Vá com calma e leia a próxima
dica.
4. Estabeleça metas realistas. Se você nunca
correu, não vai participar de uma maratona daqui a 2 meses. Seu bíceps não vai
ficar definido para a festa de sábado! Brincadeiras à parte, não adianta fixar
objetivos difíceis de cumprir. É frustrante e contraproducente. Imagine que sua
meta seja fazer 1 hora de atividade 6 dias por semana. Daí você consegue ir “apenas”
3 dias e parece que fracassou. Se, ao contrário, a meta fosse 2 dias na semana,
seria uma vitória! Vá incrementando sua atividade aos poucos até chegar ao seu
objetivo principal.
5. Não tem tempo para dedicar exclusivamente à
atividade física? Então procure aumentar o movimento no dia a dia. Gaste alguns
minutos “estudando” sua rotina diária para encontrar oportunidades para se
mexer mais. Vale ir a pé para o trabalho, parar o carro mais longe, descer um
ponto antes, subir escadas. No caso das escadas, retorne à dica número 3: vá devagar.
Se for no seu prédio, comece indo até o primeiro andar e aumente
paulatinamente. Para quem anda de metrô, as escadas são sempre uma ótima opção
de atividade, mas nem sempre é possível encarar aquela escadaria imensa? Vá pelas escadas
rolantes e suba “a pé” quantos degraus aguentar. Aos poucos, você vai ganhar
condicionamento e conseguirá galgar cada vez mais alto.
6. Também dá para fazer exercícios em casa. A opção
mais divertida é dançar. Coloque uma playlist agitada e dance como quiser
(ninguém está vendo mesmo, né?). Vale ainda recorrer aos exercícios via
internet ou aplicativos. Não é a alternativa ideal, mas pode ajudar muita
gente a sair do sedentarismo ou voltar à ativa. O que é preciso tomar cuidado
nesse caso? Primeiro, saber a procedência da orientação. Quem prescreve/orienta
exercícios é o profissional de educação física. E a regra tem que valer também para
a internet. Outro cuidado ainda mais importante: certifique-se de que o
programa ou série de exercícios disponível está adequado para você. Treinos
intervalados de alta intensidade ou que prometem deixar o tríceps “riscado” são
indicados para poucos. Respeite os seus limites.
7. Aprenda a observar o seu corpo. Não apenas
durante a atividade, para saber se o que você está pegando leve ou deve maneirar. Principalmente, observe os
efeitos do exercício. Veja como fica a glicemia no dia da atividade. Sinta como
o organismo se adapta ao exercício e, aos poucos, melhora funções: o coração já
não bate tão depressa naquela subida, o braço alcança com mais facilidade a
roupa na prateleira de cima do armário, o sono chega sem esforço,
algumas dores começam a ir embora. Observar essas mudanças – às vezes
pequenas, mas essenciais – pode ser a chave para você cumpra sua resolução de
Ano Novo.
Bem, agora é com você. Bom treino!
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